Viagem de Álvaro Damião a Israel gera protestos e tensão em Belo Horizonte

Viagem de Álvaro Damião a Israel gera protestos e tensão em Belo Horizonte

Prefeito embarca para Israel em meio à crise e enfrenta críticas

O ambiente político em Belo Horizonte ficou mais carregado na última semana por conta da viagem do prefeito Álvaro Damião a Israel. Ele embarcou ao país oficialmente, atendendo a convite do governo israelense, para participar do evento 'Projetos Municipais para Segurança Pública e Desenvolvimento Local'. A missão previa analisar tecnologias de segurança e formas inovadoras de gestão urbana aplicadas em cidades israelenses.

Mas se a intenção era trazer inspiração de fora, o resultado interno foi de atrito. No dia 11 de junho, manifestantes se reuniram na capital mineira para denunciar a visita do prefeito em plena escalada dos conflitos entre Israel e Palestina. O ato tomou a frente da prefeitura, com faixas chamando atenção para o momento delicado da região e usando o termo genocídio para se referir à situação dos palestinos. Segundo organizadores do protesto, a visita soou como endosso político diante da repressão israelense, algo que, para os críticos, não dialoga com valores humanitários defendidos por parte da população brasileira.

Viagem marcada por sirenes e retorno repentino

Viagem marcada por sirenes e retorno repentino

O roteiro de Damião, que originalmente duraria até 20 de junho, foi interrompido de forma inesperada após ataques aéreos e aumento das tensões militares no país anfitrião. Na madrugada do dia 13, Israel respondia a movimentações iranianas quando sirenes de alerta soaram em Jerusalém. Damião, junto do secretário de Segurança de BH, Márcio Lobato, foi orientado a se dirigir a um bunker. O episódio, segundo relatou nas redes, foi decisivo: decidiu abortar o restante da agenda e antecipar o retorno ao Brasil, alegando prioridade para a própria segurança e integridade da equipe.

No pronunciamento, o prefeito destacou a prontidão e o preparo da população israelense para situações de emergência — mas admitiu não se sentir confortável para prosseguir na viagem diante do clima bélico generalizado. Apesar do objetivo inicial de conhecer de perto estratégias tecnológicas ligadas à administração pública e proteção civil, Damião retornou sem concluir todas as atividades programadas.

De volta a Belo Horizonte, ele se deparou não só com perguntas sobre os aprendizados da viagem, mas também sobre a real necessidade e o momento da presença brasileira em uma região marcada pela instabilidade e severas críticas internacionais ao governo israelense. O eco local do protesto mostrou como temas internacionais podem rapidamente gerar faíscas políticas e mobilizar setores organizados da sociedade até mesmo nas esferas municipais.

15 Comentários

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    Eduardo Castaldelli

    junho 14, 2025 AT 14:45
    Foi só uma viagem técnica, gente. Não é um ato político, é um intercâmbio de gestão. Se o prefeito tá aprendendo com Israel, melhor que ele aprenda com quem tem segurança de verdade.
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    Juliana Juliana Ota

    junho 16, 2025 AT 02:35
    Mas e os palestinos? 😔 Você acha que visitar um país que tá bombardeando crianças é 'troca de ideias'? Sério, mano? 🤦‍♀️
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    Bruna Neres

    junho 17, 2025 AT 11:58
    Essa viagem é o clássico 'vou ver como os ricos fazem' enquanto os pobres aqui morrem de fome e falta de saneamento. Israel tem tecnologia? Tem. Mas também tem apartheid de estado. E o prefeito tá lá de braços abertos, tipo 'olha que lindo, que eficiente'. Puts.
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    geovana angie aguirre prado

    junho 18, 2025 AT 03:25
    O que me deixa louca é a hipocrisia de quem diz que é anti-imperialista mas acha que o prefeito deveria ignorar o que acontece em Israel porque 'é um outro país'. Não existe neutralidade em genocídio, gente. E ele tá lá, com o rabo entre as pernas, mas ainda assim, lá. E isso conta.
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    Rodrigo Cazaroti

    junho 19, 2025 AT 14:14
    Israel é a única democracia do Oriente Médio 🇮🇱🔥 Eles têm drones, IA pra prever ataques, sistemas de alerta que salvam vidas. Se o prefeito tá aprendendo isso, ótimo. O resto é ideologia barata.
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    Jackelyne Alves Noleto

    junho 20, 2025 AT 18:01
    eu nao sei se o prefeito entendeu o que ta acontecendo la... mas acho q ele deveria ter ido tbm pra Gaza, pra ver os dois lados. nao pode só ver o lado que tem wifi e bunker. a gente ta falando de gente vivendo em ruinas, nao de turismo urbano.
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    Marcus Adogriba

    junho 20, 2025 AT 22:38
    Se vocês acham que visitar Israel é apoiar genocídio, então por que não protestam contra a China por Xinjiang? Ou contra a Rússia na Ucrânia? Ou contra a Índia na Caxemira? Seu ativismo é seletivo. Isso não é moralidade, é moda.
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    Larissa Lasciva Universitária

    junho 21, 2025 AT 17:55
    Ah, então agora o prefeito é um herói por ter fugido de um bunker? Que coragem, mano. O cara foi lá, tirou foto com o prefeito de Tel Aviv, bebeu café com um general e quando a sirene tocou, correu pro avião como se tivesse esquecido o pão no forno. Aí volta e fala que 'a população israelense é resiliente'. Sim, e os palestinos são invisíveis. Parabéns, seu turismo humanitário foi um sucesso.
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    aline Barros Coelho

    junho 22, 2025 AT 22:21
    A questão não é se Israel é bom ou ruim. É se o gestor público tem o direito de legitimar um regime em guerra enquanto sua cidade tem 30% da população vivendo em favelas sem água. A viagem é simbólica. E o símbolo é: prioridade é o que é bonito, não o que é justo.
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    Júnior Soares

    junho 22, 2025 AT 23:17
    O prefeito não é um diplomata, é um gestor público. Ele foi convidado por um governo estrangeiro para analisar sistemas de segurança urbana. Não é um ato de apoio político, é uma prática profissional. Se vocês querem que ele fique em casa e não aprenda nada, isso é anti-intelectualismo disfarçado de moralismo. E ainda por cima, usam a palavra 'genocídio' como se fosse um meme de TikTok. Isso não é luta, é espetáculo.
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    manu Oliveira

    junho 23, 2025 AT 21:39
    sera que ele voltou com alguma ideia pra melhorar a seguranca daqui ou só tirou foto com um drone?
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    Soraia Oliveira

    junho 25, 2025 AT 12:01
    Se ele tivesse ido à Venezuela ou à Cuba, vocês estariam aplaudindo. Mas Israel? Ah, aí é genocídio. O que é isso? Selecividade moral? Isso não é justiça, é ódio com filtro.
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    Andrade Neta

    junho 26, 2025 AT 04:46
    A viagem, embora tecnicamente legítima, carece de sensibilidade política e ética em um contexto de violência sistêmica. A ausência de uma declaração explícita de solidariedade às vítimas palestinas, mesmo que indiretamente, configura uma omissão moral inaceitável para uma autoridade pública.
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    Robson Oliveira

    junho 27, 2025 AT 12:56
    Eles falam que o prefeito foi 'aprender'... mas será que ele aprendeu que em Israel, até o lixo é organizado? Que as ruas são limpas? Que os carros não estacionam em cima da calçada? E aí, ele volta e vê que em BH o lixo tá acumulando na esquina e o prefeito ainda tá no meio da merda. Acho que ele só descobriu que o que ele tá fazendo aqui é um lixo total.
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    Karine Soares

    junho 28, 2025 AT 00:11
    o que eu acho mais triste é que a gente discute se ele apoiou ou nao e esquece que ele foi lá pra ver como o sistema de alerta de bomba funciona... e a gente ta aqui sem luz, sem agua, sem esgoto... e ele ta pensando em como evitar que uma bomba exploda em cima da prefeitura. a gente nao ta discutindo politica, ta discutindo sobrevivencia.

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