Abandono paterno: o que é e como lidar
Quando um pai deixa de cumprir seu papel, a família sente o impacto de forma intensa. Não é só a falta de presença física, mas também a perda de apoio financeiro e emocional. O abandono paterno pode gerar dúvidas, medo e até culpa nas crianças. Neste texto, vamos explicar por que isso acontece e o que você pode fazer para buscar ajuda.
Por que acontece o abandono paterno?
Existem várias razões por trás desse comportamento. Em alguns casos, o pai enfrenta problemas de saúde, desemprego ou dependência química que o impedem de assumir responsabilidades. Em outros, a falta de vínculo afetivo ou a separação conturbada com a mãe pode levar ao afastamento. Às vezes, há ainda questões culturais que minimizam a importância da presença do pai no dia a dia. Cada situação é única, mas reconhecer a causa ajuda a encontrar a melhor solução.
Como enfrentar e buscar ajuda
O primeiro passo é conversar abertamente com a mãe ou com quem cuida da criança. Se houver acordo, vale tentar mediar a situação, talvez com a ajuda de um psicólogo familiar. Quando a conversa não funciona, a lei pode ser acionada: o Código Civil garante o direito da criança a receber alimentos e convivência com o pai, salvo quando há risco ao bem‑estar. Procure o PROJOVEM ou a Defensoria Pública para orientação jurídica gratuita.
Além do apoio legal, o apoio psicológico é essencial. Crianças que vivenciam o abandono podem desenvolver ansiedade, baixa autoestima ou dificuldades escolares. Psicólogos especializados em família oferecem estratégias para enfrentar esses sentimentos e reforçar a resiliência. Grupos de apoio, como os oferecidos por ONGs, também são úteis para trocar experiências com outras famílias que passaram por situações semelhantes.
Se a situação de abandono envolver risco, como violência ou abandono total, acione o Conselho Tutelar imediatamente. Eles têm a responsabilidade de proteger a criança e podem encaminhar a família para serviços de acolhimento, assistência social e programas de reinserção paternal.
Vale lembrar que o abandono paterno não define o futuro da criança. Com apoio adequado, é possível reconstruir laços, garantir estabilidade financeira e oferecer um ambiente saudável. O mais importante é agir rapidamente, buscando orientação profissional e não deixar que a situação se prolongue.
Em resumo, reconheça os sinais, entenda as causas e procure ajuda legal e psicológica. Cada passo conta para garantir os direitos da criança e restaurar a confiança na família.