O São Paulo FC voltou a respirar com força na corrida pela Copa Libertadores 2026 ao vencer o Esporte Clube Juventude por 2 a 1, neste domingo, 23 de novembro de 2025, no Estádio Urbano Caldeira, em Santos. O triunfo, conquistado com gols de Damián Bobadilla (7º min) e Emiliano Rigoni (88º min), além de um gol contra de Nahuel, colocou os tricolores com 54 pontos e de volta ao 8º lugar — a apenas três pontos do 5º colocado, SE Palmeiras, e quatro do 6º, Fortaleza EC. A vitória, mesmo jogando fora de casa por causa de um impasse na agenda do Morumbi, acendeu a chama da classificação para a fase preliminar da Libertadores — algo que parecia distante há duas rodadas.
Um jogo que não se mediu pelo placar
O Juventude, comandado por Marcelo Carpini, jogou com coragem, pressão e criou chances claras. O técnico, em entrevista pós-jogo, não escondeu a frustração com o resultado: “A performance é boa, é isso que nos conforta. Uma coisa é você vir aqui, não jogar e o São Paulo passar por cima. E nada disso aconteceu. Na minha opinião, nós fomos melhores, o resultado não diz o que foi o jogo.” A frase ecoou entre os torcedores visitantes, que viram seu time dominar o primeiro tempo, mas sofrer com a eficiência tricolor. O goleiro Rafael fez uma defesa digna de destaque no segundo tempo, salvando um cabeceio de Ferreira que parecia certa entrada — no vivo da transmissão da Fanatiz, o narrador gritou: “Ela tá viva no toque de cabeça. Rafael segura bem o goleiro são paulino.”Os gols que mudaram o rumo
O São Paulo abriu o placar logo aos sete minutos. Damián Bobadilla, em movimento de desmarcação entre os zagueiros, recebeu passe de Lucas Braga e finalizou com precisão. Aos 12, o Juventude teve uma chance clara: Eduardo chutou de fora da área, mas o goleiro Rafael fez a defesa. Ainda no primeiro tempo, aos 38, o Juventude empatou — ou quase. Um cruzamento da direita foi desviado por Nahuel, que tentou afastar com a cabeça, mas acabou empurrando para dentro da rede. Foi o primeiro gol contra do zagueiro na temporada, e o terceiro da equipe no Brasileirão. O segundo gol do São Paulo veio aos 88 minutos. Emiliano Rigoni, que entrou no segundo tempo no lugar de Ferreira, recebeu passe de Lucas Pratto na entrada da área, driblou um zagueiro e bateu rasteiro no canto esquerdo. O estádio, que até então vibrava com o Juventude, caiu em silêncio. Apenas os 2.100 torcedores tricolores gritaram como se já estivessem na Libertadores.Rebaixamento: o pesadelo que não quer ir embora
Enquanto o São Paulo respira, o Juventude vive o pesadelo da Z-4. Com 33 pontos, o time de Caxias do Sul está a quatro pontos do 16º colocado, Esporte Clube Vitória, e pode ficar a sete pontos se o Santos FC vencer o Sport Club Internacional nesta segunda-feira, 24 de novembro. A situação é tão delicada que até o empate contra o EC Bahia, na próxima sexta-feira, 28 de novembro, às 21h (BRT), no Estádio Alfredo Jaconi, pode não ser suficiente. A matemática é cruel: com apenas três jogos restantes, o Juventude precisa de quatro vitórias para garantir a salvação — e até então, só venceu uma vez nos últimos sete jogos. O técnico Carpini sabe disso: “Não podemos pensar em sorte. Temos que vencer, ponto final.”
Campanha tricolor: o sonho ainda está vivo
O São Paulo, por outro lado, vê a porta da Libertadores entreaberta. Com 54 pontos, ainda há chance de chegar a 63 — o que, nos últimos anos, costumava ser suficiente para entrar entre os seis primeiros. A equipe enfrenta o Clube de Regatas do Flamengo na próxima quarta-feira, 26 de novembro, às 20h, no Morumbi, em um clássico que pode ser decisivo. Depois, enfrenta o Ceará SC em casa e o Coritiba FC fora, em dois jogos que podem definir o destino da temporada. A torcida, que já havia se desanimado após a derrota para o Botafogo na rodada passada, voltou a encher os corredores do Morumbi com cartazes: “54 pontos e a cabeça erguida. Ainda temos tempo.”Um duelo histórico que vai além do placar
Esta foi a 107ª partida entre São Paulo FC e Juventude desde 1930. O histórico favorece os tricolores: 52 vitórias, 29 empates e 25 derrotas. Mas o que chama atenção é a evolução do Juventude. Em 2018, o clube foi rebaixado da Série A. Em 2023, voltou. Em 2025, está a um passo de cair novamente — mas com um time mais organizado, mais corajoso, mais digno. Talvez por isso, a derrota do domingo doa tanto. Não por falta de esforço. Mas por falta de sorte.Frequently Asked Questions
Como está a situação do Juventude na luta contra o rebaixamento?
O Juventude está em 19º lugar com 33 pontos, quatro atrás do 16º colocado, Vitória. Mesmo vencendo o Bahia na próxima sexta, ainda precisará de outros resultados favoráveis. Se o Santos vencer o Internacional, a diferença aumenta para sete pontos. Com apenas três jogos restantes, o time precisa de quatro vitórias para garantir a salvação — algo que não consegue desde setembro.
O que o São Paulo precisa para garantir a Libertadores?
O São Paulo precisa chegar a pelo menos 60 pontos, e idealmente 63, para entrar entre os seis primeiros. Atualmente, está a quatro pontos do 6º (Fortaleza) e três do 5º (Palmeiras). Vencer contra o Flamengo e o Ceará, e pelo menos empatar contra o Coritiba, pode ser suficiente — mas depende dos resultados dos rivais diretos.
Por que o jogo foi em Santos e não no Morumbi?
O Morumbi estava indisponível por conflito de agenda com eventos de segurança e manutenção. A CBF, por força do regulamento da Série A, autorizou o uso do Estádio Urbano Caldeira, casa do Santos, como alternativa. Foi a terceira vez que o São Paulo jogou fora de casa por esse motivo em 2025.
Quem são os principais jogadores que podem decidir a temporada do São Paulo?
Damián Bobadilla, com 11 gols na temporada, e Emiliano Rigoni, que marcou seu 7º gol desde que chegou em julho, são os principais artilheiros. Mas o pivô é o volante Lucas Braga, que lidera o time em passes decisivos e recuperações. Se ele mantiver o ritmo contra o Flamengo, o São Paulo terá chances reais de avançar.
O que o técnico Marcelo Carpini disse sobre o desempenho do Juventude?
Carpini afirmou que o time foi melhor em posse de bola, criação de chances e organização defensiva, mas foi punido por erros nos primeiros 10 minutos de cada tempo. “A gente fez o que precisava, mas não convertamos. E o São Paulo, mesmo com menos posse, foi eficiente. Isso é o futebol.” Ele ainda disse que o grupo não perdeu a confiança — e que o jogo contra o Bahia será “a última batalha”.
Qual é o próximo passo para o Juventude e o São Paulo?
O Juventude enfrenta o Bahia na sexta-feira, 28 de novembro, às 21h, em Caxias do Sul. Já o São Paulo joga contra o Flamengo na quarta, 26, às 20h, no Morumbi. Ambos os jogos são decisivos: para o Juventude, é sobrevivência; para o São Paulo, é uma chance de se colocar entre os quatro primeiros — e garantir acesso direto à fase de grupos da Libertadores.