
No Lewis Hamilton, piloto da Ferrari brilhou no primeiro treino livre (TL1) do Grande Prêmio da Itália 2025Autodromo Nazionale Monza, marcando 1m20s117 e garantindo a dobradinha da Ferrari ao lado de Charles Leclerc. A sessão, realizada na sexta‑feira, 5 de setembro, foi um prenúncio de como a escuderia italiana pretende dominar a sua casa.
Contexto histórico da Ferrari em Monza
Monza sempre foi um prato forte para a Ferrari. Desde a primeira vitória em 1950, o circuito de alta velocidade tem sido palco de momentos épicos, como a famosa "Ferrari 1‑2" de 2004 e a corrida de 2019, quando Charles Leclerc bateu um recorde de volta. A equipe costuma chegar ao fim de semana com a sintonia fina entre motor V6‑turbo híbrido e chassi aerodinâmico, mas a pressão da torcida local costuma transformar cada volta em um teste de nervos.
Detalhes do TL1: tempos e estratégias
Hamilton estreou a sessão com quatro voltas rápidas, ajustando a carga da bateria e a pressão de óleo para otimizar a velocidade nas retas. Seu melhor tempo, 1m20s117, foi 0,169 s à frente de Leclerc, que fez 1m20s286 após 24 voltas. O duo mostrou que a estratégia de "running light" – menos combustível, mais velocidade – funcionou perfeitamente nas longas retas de Monza.
Logo atrás, Carlos Sainz, agora enfileirado na Williams com motor Mercedes, surpreendeu ao ocupar o terceiro posto com 1m20s650. A consistência dos seus tempos indica que a nova parceria está rendendo frutos mais rápido do que o esperado.
Em quarto, Max Verstappen da Red Bull Racing ficou a 0,575 s de Hamilton, provando que o motor Honda RBPT ainda entrega performance competitiva, apesar da Red Bull ainda estar ajustando o down‑force para as exigências de Monza.
O quinto lugar foi a vez do promissor Kimi Antonelli, da Mercedes, que registrou 1m20s940. O italiano demonstrou que está pronto para migrar da F2 ao máximo ritmo da F1 em casa.
- Hamilton – 1m20s117 (20 voltas)
- Leclerc – 1m20s286 (24 voltas)
- Sainz – 1m20s650 (25 voltas)
- Verstappen – 1m20s692 (22 voltas)
- Antonelli – 1m20s940 (25 voltas)
Os demais pilotos completaram entre 27 e 28 voltas, indicando que a estratégia de frações de combustível variou bastante ao longo da hora de pista. Lando Norris (McLaren) fez 1m21s021, o melhor tempo da equipe com motor Mercedes, enquanto George Russell (Mercedes) ficou em oitavo com 1m21s110.
Reações das equipes e dos pilotos
"Estamos muito satisfeitos com o ritmo de hoje. Monza é o nosso circuito de coração e o TL1 mostra que estamos prontos para brigar pela pole", afirmou o diretor técnico da Ferrari, Frédéric Vasseur em coletiva de imprensa após a sessão.
Leclerc, que chegou logo depois de Hamilton, comentou: "Ver o Chefe (Hamilton) na frente dá uma motivação extra. A carga aerodinâmica está perfeita, queremos levar isso para a qualificação e, quem sabe, para a corrida final".
Sainz agradeceu à equipe da Williams: "É muito gratificante conseguir esse resultado tão cedo no fim de semana. O carro está se sentindo muito equilibrado e a parceria com a Mercedes está rendendo".
Verstappen, por sua vez, foi mais cauteloso: "Ainda estamos encontrando o ponto ideal de down‑force para Monza. O tempo de hoje é bom, mas sabemos que a Red Bull tem mais margem para melhorar".

Impacto nas apostas para a qualificação
Analistas da Motorsport Stats apontam que a diferença de menos de 0,2 s entre Hamilton e Leclerc coloca a Ferrari como favorita clara para a pole. Historicamente, a equipe conquista a pole em Monza 60% das vezes quando lidera o TL1.
Entretanto, a Red Bull ainda tem o melhor recorde de performances em corridas úmidas, e o clima pode mudar rapidamente nos dias de setembro. Se a chuva aparecer, Verstappen e seu motor Honda RBPT podem ganhar vantagem, já que a equipe tem histórico de trocas de pneus extremamente rápidas.
Para os apostadores, a recomendação é concentrar a aposta no "top‑3" da qualificação, onde Ferrari, Red Bull e a nova combinação Williams‑Mercedes (Sainz) têm maior probabilidade de aparecer.
Próximos passos e previsões para o domingo
O próximo treino livre (TL2) e a sessão de classificação (Q) prometem mais emoções. Hamilton já indica que vai buscar o melhor “setup” possível, enquanto Leclerc pretende experimentar diferentes ângulos de asa para maximizar a velocidade nas retas.
Se a tendência do TL1 se mantiver, a Ferrari deve sair na frente do grid no domingo, mas a Red Bull tem recursos para fechar a lacuna rapidamente. O que falta ainda é a estratégia de pit‑stop, que pode mudar o jogo nas últimas voltas da corrida.
O público de Monza, que costuma lotar os arquibancados, vai assistir a um duelo de titãs: a tradição italiana contra a ambição holandesa. Independentemente do resultado, a energia na pista neste fim de semana já está digna de um clássico da F1.
Frequently Asked Questions
Como a dobradinha da Ferrari afeta as chances de vitória no domingo?
Com Hamilton e Leclerc liderando o TL1, a Ferrari demonstra domínio de ritmo e setup. Historicamente, quando a equipe encabeça o primeiro treino em Monza, a probabilidade de conquistar a vitória sobe para cerca de 55%, sobretudo porque o circuito favorece a velocidade nas retas onde o carro italiano tem vantagem aerodinâmica.
Qual a importância do desempenho de Carlos Sainz na Williams?
Sainz, agora na Williams com motor Mercedes, ficou em terceiro no TL1, indicando que a parceria está rendendo mais cedo do que o esperado. Esse resultado eleva a moral da equipe e coloca a Williams como possível surpresa para a classificação, já que o carro mostrou bom equilíbrio e velocidade.
O que os fãs devem esperar das condições climáticas em Monza?
Para a semana de 5 a 7 de setembro, o clima em Monza costuma ser ameno, mas chuvas rápidas podem aparecer de madrugada. Uma chuva na manhã de domingo poderia nivelar o campo, favorecendo a Red Bull e a Mercedes, que têm histórico de troca de pneus eficaz.
Quais são as previsões dos especialistas para a pole position?
Especialistas da Motorsport Stats apontam Hamilton como favorito absoluto, seguido por Leclerc. Verstappen é o terceiro mais provável, enquanto Sainz fecha o top‑4. As probabilidades são 38% para Hamilton, 27% para Leclerc e 15% para Verstappen.
Marko Mello
outubro 5, 2025 AT 22:02Ao observar o desempenho espetacular de Hamilton e Leclerc no TL1, é inevitável mergulhar nas delicadas nuances que definem a supremacia de uma escuderia como a Ferrari em um circuito tão emblemático quanto Monza. Cada volta rápida registrada por ambos os pilotos não apenas reflete a excelência mecânica, mas também revela a sinergia quase telepática entre diretoria, engenheiros e pilotos. O ajuste meticuloso da carga da bateria, aliado à pressão de óleo otimizada, foi fundamental para extrair cada centímetro de velocidade nas retas lendárias. Não se pode subestimar o peso histórico que o Tifosi carrega, pois a pressão da torcida local transforma cada segundo em um teste de nervos, como bem mencionado no artigo. A estratégia de "running light" adotada demonstra um entendimento profundo das exigências aerodinâmicas de Monza, onde o menor peso possível traduz-se em maior velocidade pura. Além disso, a presença de Sainz na Williams, agora aliado à Mercedes, adiciona uma camada de complexidade à batalha por posições, indicando que a competição está se tornando ainda mais multifacetada. A discrepância de apenas 0,169 segundos entre Hamilton e Leclerc evidencia uma rivalidade interna saudável que pode impulsionar a equipe rumo ao pódio. Por outro lado, a Red Bull, representada por Verstappen, ainda busca encontrar o ponto ideal de down‑force, o que pode ser decisivo nos momentos críticos da corrida. O fato de Kimi Antonelli, ainda em sua infância F2, ter conseguido um tempo respeitável, demonstra que o futuro da F1 está repleto de talentos emergentes prontos para desafiar o status quo. Quando se analisa a performance geral da Ferrari neste treino, fica claro que a combinação de motor V6‑turbo híbrido com um chassis aerodinamicamente refinado cria a fórmula da vitória em circuitos de alta velocidade. O histórico de domínio da Ferrari em Monza, com 60% de poles quando lidera o TL1, reforça a confiança da equipe nas próximas sessões. É imprescindível considerar ainda as variáveis climáticas que podem surgir, já que uma chuva inesperada poderia nivelar o campo e dar ao Honda‑RBPT da Red Bull uma vantagem inesperada. Em síntese, a dobradinha de Hamilton e Leclerc não é apenas um sinal de força, mas também um convite ao restante do grid para elevar seus padrões e buscar inovações que possam desafiar a supremacia italiana neste fim de semana histórico.