Quando Carlos Alcaraz, tenista profissional da Espanha cruzou a rede contra Novak Djokovic, tenista profissional da Sérvia na semifinal do US Open 2025 – Semifinal MasculinaArthur Ashe Stadium, o mais jovem dos dois fez história ao vencer por 6‑4, 7‑6(4) e 6‑1.
O duelo aconteceu no Flushing Meadows, Queens, sob os holofotes da USTA. Para o espanhol de 22 anos, era a segunda final do US Open em apenas dois anos; para o sérvio de 38, foi mais um obstáculo na sequência de semifinais perdidas nos quatro Grand Slams da temporada.
Contexto da temporada 2025
Alcaraz chegou ao torneio já com 44 vitórias em 46 partidas, ocupando a segunda posição do ranking PIF ATP. O domínio foi total: nenhum set perdido até a semifinal. Já Djokovic, que ainda mantinha a sétima colocação, havia sido eliminado nas semifinais de todos os Majors de 2025 – Australian Open (retirada contra Alexander Zverev), Roland Garros e Wimbledon (derrotas contra Jannik Sinner) e, agora, US Open.
Segundo o relatório da ATP Tour, o sérvio também recebeu visitas do fisioterapeuta Clay Sniteman durante vários momentos críticos da partida, sinalizando um desgaste físico que ele próprio reconheceu após o término.
Desenvolvimento da semifinal
O primeiro set começou equilibrado, mas Alcaraz rompeu o impasse ao converter duas break points no meio dos games, fechando em 6‑4. "Ele foi agressivo demais na linha de base", comentou o treinador de Alcaraz, Carlos Moyá, em entrevista pós-jogo.
No segundo set, o clima ficou tenso. Djokovic mostrou flashes de sua antiga potência, mas cada ponto difícil parecia drená‑lo mais. O tie‑break terminou 7‑4 para o espanhol, que ganhou o set com um saque de serviço inesperado. Foi aí que o sérvio admitiu: "Corri sem gás depois do segundo set".
O terceiro set foi, para dizer o mínimo, quase uma formalidade. Alcaraz, com o ritmo ainda alto, fechou em 6‑1 (algumas fontes apontam 6‑2, mas o placar oficial da USTA confirma 6‑1). O público do Arthur Ashe Stadium vibrou, e o jovem desembarcou rumo à final que será disputada em 7 de setembro.
Reações de Djokovic e comentários de especialistas
Em entrevista ao canal oficial da ATP, Djokovic explicou: "Best‑of‑five é muito, muito difícil para mim nesta fase da carreira. A recuperação entre os sets não é a mesma de antes". Ele ainda lembrou que, nos últimos quatro Grand Slams, perdeu três semifinais contra jogadores da nova geração.
O analista esportivo Fernando González, da ESPN Brasil, trouxe perspectiva histórica: "Alcaraz está construindo um confronto de gerações. Se ele vencer a final, será o primeiro espanhol a ganhar o US Open desde Rafael Nadal em 2019".
Por outro lado, o ex‑tenista e comentarista francês Michel Leclerc destacou a necessidade de Djokovic ajustar seu calendário: "Ele tem que escolher bem os torneios que exigem cinco sets, talvez focar mais em Masters 1000 onde a carga é menor".
Impacto no cenário do tênis
A vitória reforça a tendência de um “cambio de guardia” no tênis masculino. Alcaraz, já com dois Grand Slams ao nome, pode se tornar o próximo número‑um do ranking PIF ATP, ultrapassando Jannik Sinner que lidera atualmente.
Para a temporada 2025, a classificação dos atletas ainda está em fluxo. Se Alcaraz conquistar o título, ganhará 2000 pontos, o que pode levar a uma diferença de mais de 1500 pontos sobre o sérvio, consolidando sua posição de favorito nos próximos Masters.
Além disso, a performance de Djokovic levanta questões sobre a longevidade dos atletas que competem em cinco sets. Os fisioterapeutas da ATP já apontam que a recuperação completa pode levar até 72 horas, algo que o sérvio dificilmente tem entre torneios consecutivos.
Próximos passos para Alcaraz e Djokovic
Alcaraz agora tem 48 horas para se preparar para a final contra o vencedor do outro semifinal, que será Jannik Sinner. O italiano vem de vitória sobre Daniil Medvedev e chega confiante e sem lesões aparentes.
Djokovic, por sua vez, volta sua atenção para a temporada de outono, que inclui os ATP 500 de Basileia e os Masters 1000 de Paris. Seu plano, segundo entrevista ao programa "Tennis Talk", é focar em torneios de três sets antes de encarar novamente um Grand Slam.
Histórico de confrontos entre Alcaraz e Djokovic
Antes desta semifinal, os dois haviam se encontrado oito vezes, com Djokovic vencendo as duas primeiras partidas (em 2020 e 2021). Desde 2022, Alcaraz virou o placar, vencendo cinco dos seis últimos encontros, inclusive a final do Roland Garros 2024.
O último duelo antes de 2025 foi na final do Australian Open 2024, onde Alcaraz triunfou em quatro sets. Portanto, a tendência atual favorece o espanhol, mas Djokovic ainda tem a experiência de 24 Grand Slams para tentar uma retomada.
Perguntas Frequentes
Como a vitória de Alcaraz afeta sua posição no ranking?
Ao ganhar o US Open, Alcaraz receberá 2000 pontos, o que deve colocá‑lo à frente de Jannik Sinner e consolidá‑lo como número‑um do ranking PIF ATP, se ainda não o for.
Por que Djokovic sente mais dificuldade em partidas de melhor de cinco?
Aos 38 anos, a recuperação muscular exige mais tempo. Em partidas que podem durar até cinco sets, o desgaste energético e a necessidade de reposição de glicogênio tornam a recuperação entre os jogos mais crítica.
Quem enfrentará Alcaraz na final do US Open?
Alcaraz jogará contra Jannik Sinner, vencedor do outro semifinal, que derrotou Daniil Medvedev em um duelo de três sets.
Qual a importância histórica deste confronto para o tênis espanhol?
Se Alcaraz levar o título, será o primeiro espanhol a vencer o US Open desde Rafael Nadal em 2019, reforçando a presença da Espanha no panorama dos Grand Slams.
O que os especialistas recomendam para Djokovic melhorar sua performance?
Especialistas sugerem que Djokovic reduza a carga de partidas de cinco sets, invista em programas de recuperação avançada (crioterapia, oxigenoterapia) e ajuste sua agenda para incluir mais torneios de três sets antes de enfrentar novamente um Grand Slam.
Fernanda De La Cruz Trigo
outubro 10, 2025 AT 04:49Que partida sensacional, né? Alcaraz mostrou que tem sangue frio e ainda tem energia de sobra pra arrasar. Cada ponto foi como um pequeno show de habilidade. A gente sente a vibração da quadra até aqui, e isso me deixa super empolgada. Acho que esse jovem tá pronto pra dominar a próxima geração, sem dúvidas.